Outra Forma

quarta-feira, abril 12, 2006

capítulo 009 ... um toque de indiana

No regresso, ainda poderia contar umas quantas dúzias de estrelas e as minhas olheiras eram apoderadas de uma dúzia de sinfonias. Ainda estonteado, observo a estátua com gravuras, datadas num século desconhecido, um tanto acanhadas, respeitante ao meu centro, pois mostravam fogueiras com espetos animados, espetando calhaus espetados por baixo do fogo, onde assavam. Abano a cornadura, por modo a facilitar a saída deste zumbido que, mais já parece o som do vento, ritmado por alguma máquina maluca, consequência do progresso, obrigando um peão enorme coberto por cinzento metalizado e que se encontrava no topo da caverna, a sentar-se num baloiço vanguardista e requisitar o gozo de baloiçar, mediante a boa vontade, do respectivo bilhete pago. O barulho vai aumentando, notando-se a semelhança com uma queda de água, de quando a quando houve-se estrondos, atinentes ao câmbio de ecos, provenientes lá do fundo; repentinos tremores de terra relembram-me aquele que sucedeu lá nas ilhas, pelo qual não filtrei, dificultando-me o assoar do meu nariz enquanto tentava encontrar, nos meus bolsos, a enciclopédia universal. O som torna-se mais denso tornando a água mais longe das suas quedas e mais próxima de mim, o eco foi abafado pelo suborno dos grandes estrondos, já nas redondezas. No escuro, a minha imaginação ouve o ruir de uma barragem e que vejo água gaseificada, na minha direcção. Não, água não é, mas é líquido. Que fantástico!- SOCORRO! - gritei - "HELP!" - gritei de novo, na esperança de que algum turista por ali passasse, o que não aconteceu. Fui envolvido naquela trapalhada sufocante e à chegada de um brilho enorme esqueci-me de tudo e de todos, excepto de mim. Então, numa queda líquida mergulhei um abraço a uma árvore que passeava as suas folhas.