capítulo 012 ... ...
A paisagem, de camioneta em camioneta, muda a sua mobília apagando a selva e desenhando um vazio um nada nutrido de lixo. Contudo, apercebi-me que se estancasse a mesma paisagem, as manobras continuavam ao mesmo ritmo. A grande estrela, ao tingir-se de laranja, apresentou-se-me terrivelmente apetitosa criando cá umas vontades de saciar a goela, como os dependentes à veia; não perdi tempo, apanhei um pêro dos mouros e coloquei-o no devido lugar, devorando de seguida aquela deliciosa fruta ao som do abandono das perspectivas para um entardecer romântico, que se avizinhava. O dia era agora, cheio de amarelo brilhante e de calor denso, deixando em silêncio as trevas, apeadas na paragem do autocarro, à espera de transporte.
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