capítulo 013 … afinal não foi no quarto nem quinto capítulo
Dei por mim no seio do deserto, por meio de uma degradante dor de cabeça que fervia com um entusiasmo enérgico, muito presente. Desde logo, tomei as medidas de segurança, desenrosquei-a e molhei-a com a minha muito fresca urina, aliviando-me bastante mas não o bastante pois, ao colocá-la no poiso que lhe é destinado, fiquei quase como novo não fosse a árdua penetração de atmosfera. Ingressei numa expedição arqueológica, via descobrimentos, iniciando escavações na areia com o fim de localizar uma garrafa de oxigénio, onde a validade se encontre dentro do prazo de utilização e só ao fim de mil decímetros cavados, toquei em qualquer coisa, em qualquer coisa um pouco dura, em qualquer coisa diferente, pronto. Para mal dos pecados alheios, a curiosidade obrigou-me a denunciar uma bota, de lavrador, depois uma perna, depois uma nádega, depois a outra perna e o corpo, por fim. Que extravagância esta, dormir aqui a sesta! Tirei-lhe a areia da cabeça mas mesmo assim não me ajudou a reconhecer o sexo. Será um morto? Ou será vivo? Espera aí, eu já vi estas rugas em qualquer cara. Ah! Já sei quem tu és, tu és o meu da novela lá da rua, o pão, o grande D. Juan, o mais belo, o mais desejado, e.t.c. Aproveitei um pontapé extraviado na camada de ar envolvente, para entrar na posse do seu despertar. Pelo barulhento abrir dos estores, o acordar manifesta-se e com uns grunhidozitos meigos, fiz rebentar um petardo de júbilo:
- Zeca! Meu grande javardo! Tu acordaste-me. Temos que comemorar este encontro. Anda, vamos beber um jarro.
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